terça-feira, 29 de julho de 2014

Vidas encaixotadas


Quanta vida cabe numa caixa? 
Uma vida pode caber toda numa pequeno, ou nem tão pequeno assim, espaço de papelão. 

As coisas e as pessoas de que e de quem gostamos ocupam quanto espaço? Gostoso mesmo é de ter caixas abarrotadas, no plural. 
Vida não é bloco maciço, vida é conjunto de fragmentos. 
Cada caixa, uma fase. Cada espaço, uma vida já vivida no meio de outras tantas. 

Caixas de coisas boas não pesam. 
Mas, para torná-las leves, é preciso deixar memórias pelo caminho. Ninguém consegue transportar peso demais pelo caminho que decidir trilhar. Mas será que sabemos exatamente o quê ou quem deixar pelo caminho se não conseguíssemos carregar tudo e todos aqueles que consideramos importantes?

É, arrumar o quarto num sábado à noite ensina muita coisa. 
Há tédios que vêm para o bem.

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