terça-feira, 29 de julho de 2014

O término e a solidão


Acho maior graça o mural (e todas as outras redes sociais) de quem acabou de terminar o namoro. 

Tudo parece maravilhoso, os finais de semana todos agitados. Quem acabou de terminar um namoro clama por atenção, quer gritar para os quatro cantos que vai tudo bem.
A turma de amigos passa a ser idolatrada, a cada minuto surge uma nova foto, fotografias sempre cheias de gente.

Fotografia cheia. Coração vazio. 
E não, ninguém precisa de outra pessoa para que o coração transborde. Mas, o coração que era preenchido e, de repente, perde todo o seu volume, fica oco por um tempo. 

É fácil mostrar-se feliz nas redes sociais, difícil é colocar a cabeça no travesseiro e sentir-se completo. 
Tão mais fácil seria tirar proveito da solidão. Como diria Rubem Alves, o cara que diz tudo que eu preciso ouvir, "ostra feliz não faz pérola". É da tristeza que, na maioria das vezes, nascem as coisas belas. 
Forçar felicidade não faz ninguém feliz,m as, aprender com o tristeza e aceitá-la, não como algo ruim, mas como algo circunstancial, abre um espaço enorme para as todas as futuras coisas boas que nos esperam nas esquinas por aí.

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